A velhice 1
A velhice
Heitor Silveira
É muito satisfatório olhar para trás e ver o caminho que percorri para chegar nesta fase temida por alguns e tão cobiçada por outros.
Essas belas palavras ouvi dos lábios de um senhor com aproximadamente 80 anos de idade, o senhor conseguiu expressar o significado da velhice, ao contrario do que muitas pessoas pensam, ser velho não é ser doente, triste, muito menos fraco, pois uma sabia frase já diz; “Somente os fortes envelhecem, os fracos ficam no meio do caminho!”
Quando se vê um velhinho andando pela rua com sua bengala, muitos sentem dó, ficam tristes por ver a dificuldade do senhor ao caminhar, isto é lamentável, o dó é o sentimento totalmente inadequado para a situação, ele poderia ser substituído pela admiração, pois enquanto um senhor caminha se apoiando em algo para se manter firme, existem jovens com ótima saúde sentados no sofá de casa reclamando da vida, desanimados e com preguiça até de se locomover.
A vida pode ser comparada a um livro, todos os dias tem-se a oportunidade de escrever uma nova pagina com uma nova história, com uma nova aventura, infelizmente alguns deixam muitas paginas em branco, isto por que são covardes e desistem diante do primeiro erro, para se escrever uma bela história é preciso ter a coragem de começar, e recomeçar se for preciso, a vida não é um livro comum, pois todos os livros tem seu inicio meio e fim, mas o livro da vida tem seu inicio e meio, mas não um fim, pois quando se morre quem continua a escrever a história são as pessoas com quem se conviveu, por isso não se pode viver apenas para si próprio, mas também para os outros, tem de se fazer a diferença na vida do próximo para que ele tenha o que falar e o que acrescentar na tão longa história de uma vida
A velhice não merece dó, merece admiração e muito respeito; tem que se ter dó daqueles que não tem história para contar, daqueles que não tem recordações.